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A ABORDAGEM

Gestalt-Terapia

Na perspectiva das abordagens fenomenológicas existenciais, como a Gestalt-terapia, Heidegger é uma referência fundamental para a concepção de homem quando se pratica a psicoterapia. Ele propõe que esse homem seja compreendido pela análise do Dasein: do ser aí, lançado no mundo. O homem visto como um ser de possibilidades, ou seja, um ser que nasce com potencialidades que podem ou não serem desenvolvidas em função das relações que ele estabelece e das experiências que ele adquire ao longo da vida. Outro aspecto da condição humana na perspectiva existencial com repercussões na Gestalt-terapia refere-se ao fato de o homem ser dotado de liberdade para realizar escolhas na vida as quais se torna responsáveis (RIBEIRO, 2012).
A Gestalt-terapia como uma prática psicoterápica localiza-se no ponto de intercessão de várias correntes de pensamento. Recebeu influências do Humanismo, Existencialismo, Fenomenologia, Psicanálise, Psicologia da Gestalt, Teoria de Campo, Teoria Organísmica, teoria Reicheana, Taoísmo e do Zen Budismo. O homem é um ser digno de confiança, isto é, responsável por si mesmo, pois escolhe ser o que é.  Dotado de uma totalidade integrada, volta-se para a consciência, autorregula-se e está em permanente energia de auto realização e presentificação, buscando dar sentido às suas percepções, experiências e existência (JULIANO, 1991).            
Por intermédio do contato com tudo e todos que existem o homem pode pensar na sua existência e na do outro, ver-se como um ser separado e ao mesmo tempo parte de uma totalidade maior interdependente. Para estabelecer contatos de crescimento é importante se deixar conduzir pelo fluxo dos encontros inerentes da condição de ser humano e interagir com o ambiente. Caminho que conduz a uma humanidade aberta ao outro, pois não existe um ser humano quando se nega a origem ontológica da sua criação. O furto do mistério no mundo contemporâneo implica na permanência da esfera do Eu-Isso que considera o outro um meio e rouba do sujeito o direito de viver uma experiência humana que enfatiza a alteridade, que excede a individualidade e que assinala ultrapassar o conhecido (CARDELLA, 2017; RIBEIRO, 2017).
Para o precursor da Gestalt-terapia, a vida é movimento, fluidez, momento de passagem. É quando nos tornamos quem somos contraditoriamente ambulantes, num processo continuo de ajustamento criativo, um todo que transcende a soma das partes. Vivemos vazios férteis e inférteis, movimento e mudanças, todas essas incertezas é que permite um lugar de criação. O fato de a vida ser esse movimento e alternância, podemos adoecer por carregarmos situações inacabadas, que servem de impedimentos para finalizarmos nossas experiências. A lucidez, a presença no aqui-agora capacita o homem a realizar suas escolhas e a responsabilizar-se pela sua existência no mundo vigente. “(...) as situações inacabadas nos colocam reféns de necessidades, paralisados na insatisfação e na dor sem fim”. Impedimento que estanca a transcendência, o devir. que adoece” (CARDELLA, 2017, p. 47).

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